sábado, 21 de janeiro de 2023

 

Como gigante afogado nas duas margens de um rio que nem águas deixam passar.

Pássaro sem asas preso à gravidade do asfalto. Seus olhos não têm horas.

É círculo.

Se é que vive. Perdido. As ruas esquecem seu nome. Ignora e não completa uma volta.


Hoje nem fez sol.


- Como se chama antes que a poeira se espalhe?

E ele diz:   - Não vou ser lembrado.


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