quarta-feira, 9 de maio de 2012

Surgem: Memória e Símbolos.  Nascem às linguagens.

Entre o eu que observa, na língua que me explico; chamei o vão de vazio. A este vazio coube às linguagens preencher.

Na ausência de uma razão que me justifique, me apego aos sentidos.  Pobre João Cabral de Mello Neto, incapaz de perceber que o abstrato é mais sentido que o concreto - refém de palavras e objetos.

Volto ao vão.  Entre o eu e o modo como em língua me projeto. E só sobra língua sendo em abstrato concreto, o que me deixa preencher o vazio de todo objeto. Me satisfaço em extensão,  entro sem deixar de ser eu,  abrigado pelo outro.  De novo ela - a língua - traduz o que sinto em palavras. Covarde, inventou a saudade escrita em português.