domingo, 31 de agosto de 2014

Não me diga triste quando não ver dançar todas as músicas, porque existem desenhos que ficam mais bonitos naquela parte depois que termina a folha.   Afinal toda verdade é pura imaginação.   Então vou descobrir nas suas curvas encaixe e me guardar em você acreditando que nos protejo do mundo.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Eu, exclamo que sou reticências se me interrogam e ponto final.   E os que insistem pelo meu fim, que me leiam de frente pra trás, então estarei eu lá no início e o vazio incólume que fui, semelhante ao antes do próprio universo, testemunhará minha eternidade.

Aos que precisam de título: grandioso delírio de insignificância

domingo, 17 de agosto de 2014

Ser é menor que antes

Sobre as coisas que me calo fundamento minha liberdade, sou e possuo.

Vê toda essa ausência ao redor do que é?

Há sempre mais papel que palavra.

Há sempre mais terra que cerâmica.

É o pequeno furo que lembra a razão pela qual existe o pano.

Nada,
sento-me em frente a um oceano insignificante e, sendo, chamo-me aquele que dá nome as coisas, então faço desse oceano gotas.

Sobre as coisas que me calo fundamento minha liberdade, sou e possuo.

Tendo falado torna-se nosso.

sábado, 16 de agosto de 2014

   Tristeza, saudade, angústia, medo, tudo isso dói, mas o que machuca mesmo é aquela coisa que nasce sem nome e fica existindo sem ter como ser chamada, porque ela permanece como dor e mistério.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Minha vida é sua própria causa e sem nenhuma importância além disso

   De volta a minha alienação niilista e como em "O Guia dos Mochileiros das Galáxias": - obrigado pelos peixes. Afinal preferível viver no vazio, aceitar o vazio como ponto de retorno após cada sonho bom e fazer dele porto-seguro, quem aceita o vazio como preenchimento já está completo. Pra mim que cheguei a essa conclusão faz tempo, no máximo consigo pegar carona na esperança alheia, obrigado, mas no fundo eu sempre sei para onde vou voltar.
   Acredito que outros encontrem outras formas de contarem suas próprias histórias e estórias, as minhas parecem que tem como lugar de escrita aquelas "lousas mágicas" da infância, eu me escrevo, me dedico, me acredito, depois por um erro meu ou levado inconsciente pelas circunstâncias volto ao vazio, para contar novas histórias e estórias que de início é possível imaginar a conclusão, minha vida é um fim iminente para qual vivo inventando começos.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Às vezes os pensamentos seguem um curso contrário ao aparente e a medida em que se pensa quanto mais se esvazia, então resta um brilho, um como que reflexo de prata polida em dia ensolarado, ofusca mas me faz enxergar como poucas vezes, de repente me resta gratidão e um aceno da saudade.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O que me constitui caminha espontaneamente para um fim enquanto o que eu sou tenta ter finalidade.