quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Teu rosto te diz sobre o passar do tempo.


Memórias vivem em meio às âncoras, porém sobre o oceano.


Ondas, mares e oceanos vivem soltos.


Temperar a vida é sutileza.


Nenhum vento para deixar ou para trazer todo sal.


Da água que sobra e resta fez caranguejo andar de lado.


.... não é assim que nos contamos, ainda aquece a brasa que nós deixamos. 

Sem palavras

Memória 

Tempos juntos 


Ainda queima um calor pequeno, 

daquela fogueira que era de muitos.



Pouco te resta sem acrescentar


Relâmpagos, fazem nuvens claras.


Diante do salto, quem submerge ou emerge? 

De susto aos gritos se fundem. 

Trazem o selo violado por todos.

Mastigam: maxilares e mandíbulas.

Engoliram do fruto ao caroço, todo o mundo.

Um Deus degostoso das tristezas humanas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Retorna a lágrima que emprestei.

Volta à vida a gargalhada no sonho. 


E a gente se imagina e continua no impulso.

Incertos como: tempo, relogio e mapa. 


Sentimentos certos inadequados.


Nenhum lugar que abrace um grito.

Nenhuma música queira ser palavra.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Então, finalmente o fim foi inaugurado. Antes desse dia, a confusão geral impedia reconhecer a fronteira entre o que começava e o que estava terminando. De imediato, a solução do problema foi crescer o recheio entre cada extremidade. Preservando uma cerimônia diferente para cada uma dessas duas partes opostas. 


Tristeza e felicidade se mantiveram desatentas às regras sociais. Não fugiam das emoções mais óbvias próprias de cada momento. No entanto, vez ou outra, surpreendiam por inadequadação. O riso solto e o choro espontâneo em momentos inadequados.


Não estar nu e ser a mais coerente fantasia é uma demonstração de honestidade nesse tempo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

 


Vejo um amontoado de pedras.

- Estrada, ponte ou trampolim ?

De assalto. Alguém me confessa uma mentira.


Revejo o amontoado de pedras.

- Estrada, ponte ou trampolim ?

Viver é confirmar o visto.


Vivar é negar imposições de algo invisível.

Viver só existe na desobediência às ordens do absurdo invisível.


Saudades daquela velha Senhora capaz de servir, caprichosamente, pratos com comida nenhuma.