terça-feira, 27 de setembro de 2016




Incidiam palavras sobre a coisa,
porém na margem aposta ao razoável,
a coisa nua e indecente ao entendimento,
trocava de palavra como se fosse roupa
e à mercê da vaidade nada lhe servia.

E não se constrangia se dissessem dela:
- Hoje vi uma coisa qualquer.
Em resposta a coisa pensava:
- Mais um dia livre por indefinição.

domingo, 25 de setembro de 2016




O entorno que se estende é tudo sua vida,
na parte que ela ultrapassa atender por: eu.

Os cinco sentidos são condições do meio,
para que no encontro deles se diga: eu.

Já desde antes existia o táctil 
e então os seres sentiram o vento.

Já desde antes existia o som 
e então os seres puderam escutar.

Mas ser será condição do que sente? 
Ou basta existir para que seja um ser?

Porque a consciência das águas, sem erro, 
as fazem contornar as pedras desde antes.

domingo, 18 de setembro de 2016




E quando faltou-me ar,
pousou-me uma vírgula.

Sou todo em estações,
embarques e desembarques,
mas a verdade é que eu passo
e sobre mim fica o tempo.

- À beira de te amar teus olhos dizem não.

Coisa qualquer é ser,
uma vez definido já apontam para ti,
se concluído já é mais morte que vida.

Constelações, só luz no céu e silêncio.
Em seguida uma companhia necessária:
ao tato ou à imaginação,
porque o céu não se basta 
quer ser grande por fora e por dentro.

- Borboletas, 
se tornaram mais tímidas ou mais raras?

Coincidência olhar-me mais que uma vez.
Deste amor que existe em mim é arapuca,
sempre capturaram-me lágrimas, 
logo depois me deixaram passar sozinho.

sábado, 10 de setembro de 2016




Nem mesmo do meus insultos eu satisfaço as expectativas.

Porém,
se não for sobre mim, anotem: 
algumas cores nascem na superfície do sol 
e chegam aos poucos em cada coisa.

Porque cegos somos só nós,
que enxergamos à medida que existem nomes.

Estou saudável e amando cada vez menos, mas conservo o sorriso para que me declarem santo ao final.

Após a falência em si como espécie só resta um nome que possa significar e transcender; ou os múltiplos da rua.

- Amor, eu que muito te quis não me resgata, passei ver e então é questão de tempo para que eu nos veja: comuns ou feios.

Mas se existir de verdade há outra saída.

Minha maior esperança é existir os que sintam para além da minha espécie... algo acontece aqui e que é mais que um almoço de domingo, que um encontro de clube.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016



Dedico a você: esperança,
pulso involuntário intermitente; 
porque do fim resta dúvida.

Talvez comigo encontre resumos,
em uma frase curta para você
serei síntese de coleção do fui.

E teu chão, teus espaços e teu céu, 
serão coloridos por histórias nossas,
enquanto nos fazemos em aritmética.

Exausto de tudo que impele a ser um
nascerão de nós reticências ritmadas
seremos mais de uma nota, então música.


                               Imagem: Zona Diversa MX




Mr. Haynes


Because dreams accompanies you when you wake up.

Then as the sun for a cause is synonymous with day.

No matter when the flowers await spring.

Happiness draw a smile on you when wants to multiply.

Among those who will never be with you, your beauty includes all through desire.

And with your marine eyes, even without seeing us, reach us at the port. 

Eleven months jealous, because now you have only been in September. 

The nine muses want me enough, but I am
without metric,
without rhyme,
denounce my delusions on the bank bet which your life is dream.



            Imagem: Colton Haynes