quinta-feira, 30 de novembro de 2017



Eu preciso que a diversidade dos meus amigos ultrapassem os limites do tempo e percebam a palavra materializada: liberdade feita estátua. Eu me prostro à França que cindido a história presenteou aos Estados Unidos da América, umas das maiores realizações do Ocidente, junto à China ( misto: Ocidental e Oriental ), com a Estátua da Liberdade. )Talvez a Estátua da Liberdade torne-se o maior símbolo dessa Era, não como uma verdade individual, mas como um estímulo a todo povo sedento por manter - se livre, como essencialmente nos trouxe ao mundo nossa natureza como espécie.

Que tenhamos acordos pacíficos, honestos e igualitários... e que a liberdade seja o maior símbolo dessa Nova Era.

Então, na parte que também me comove ser brasileiro, peço licença para recorrer ao foclore e à lenda urbana... dizem que na Europa Medieval existiam mapas falando de uma terra mitológica, onde se escondiam os deuses e nesses mapas essa terra era chamada Brazil. Talvez algum Europeu tenha nos visto arder nativos dessa terra em plena pureza e então tenha escolhido nos descrever como brasas puras incandescentes.

Que jamais alguém tenha dúvida: ser brasileiro é nascer filho do fogo, até em nacionalidade no idioma Latim. Enfim, maravilhosamente no fogo e filhos do fogo nós ardemos, somos brasas: brasileiros.

À beira de toda lágrima é pura semente.

Madura é a cor do sorriso que já nasce colheita.

Eu não vou e nunca fui, ser é uma condição de continente, de mirante. Mas a alma se vê um barco e acredita que vai, acredita que navega, talvez por isso até navegue.

A alma à beira do abismo já acorda desde cedo equilibrista, faz disso imaginar.

Apesar de nunca ter ido de mim eu passo e os outros também passam, evitamos falar, mas sempre soubemos.

Ser é estar à beira de algo que nunca sabemos e tentar usar contra o abismo um espelho, um reflexo de si no passado. Ser é muito frágil até que o ser sinta algo, porque sentir é incluir - se numa coisa maior, mais remota, ancestral e que mora em muitos corações. Ser quando vira alma imagina e talvez por isso navega para além de si, porque em si o ser era só mirante ou só continente, mas imaginando navega.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017


Para mim não é sobre tempo, mas sobre o amor como causa espontânea e impactante. E a verdade desse amor ser maior que todas as consequências.

Eu só quero o amor romântico e não inventado como expectativa que antecede o desejo inevitável no olhar entre os que amam. Tudo menos que isso é só momento, desejo resistível, saciedade animal ou flerte. Só me interessa, e se existir: o amor transcendental, impactante, espontâneo, irresistível. Tudo menos que isso é mera invenção íntima e eu quero o amor como força natural manifesta do contexto. Não o amar porque eu preciso, mas quero amar porque entre nós é inevitável nos amarmos.

Eu só quero um amor que seja causa imediata dos sentidos, sem precisar dar satisfações à razão. Porque eu não escolhi corresponder à nenhuma história ou conveção; eu só quero e, se existir, algum amor semelhante à chuva que cai de encontro ao solo sem sem perguntar o porquê.

Talvez algumas outras espécies não humanas me demonstrem esse amor como força da natureza,  mas para que seja completo em mim, preciso de equivalência na espécie que me manifesto, que seja amor entre humanos, mas livre de qualquer conceito e uma manifestação autêntica do desejo mútuo e natural.

domingo, 12 de novembro de 2017


Implacável a flor avança efêmera sobre o tempo
porque o amor é chuva fina em toda
manhã, tarde, noite, madrugada e entremeios, só amor ultrapassa fronteiras.

Por amor alguns amores não acontecem
e indizíveis alcançam o perdão no silêncio.
Até as pálpebras dos olhos medem o piscar, mas não se pode dizer nada
e o silêncio tem que ser suficiente.

Eu vou chover
e tudo florescerá sem ter um nome,
apesar disso irá nascer,
ainda que não possa ser dado um nome.

Os que amam dessa maneira
colhem em grandes cestas,
desses amores,
tudo que não aconteceu.
E
na pior hipótese
tem celeiros.