quinta-feira, 24 de novembro de 2016




É contrário à versão - condição de contar -
que o modelo faça pose. Mas quem somos nós à julgar aqueles que são bastantes à imaginação.

Eu te vi inerte absorvido pelo final da noite que não terminava. Não era exatamente você, mas algo que restava do cansaço do dia somado aos sonhos antes de dormir.

E se eu disser: - E então? For suficiente para que um desenho de sorriso surja em teus lábios antes de cada história tua. Farei reverência a quem concilia: vida e sonho.


                                               Imagem: Zona Diversa MX

quarta-feira, 23 de novembro de 2016



Eu, observando, tenho muita dificuldade pra perceber algo mais significativo que a vaidade em defesa da condição humana como superior às demais condições de ser. Me parece sempre e enfim uma autoria da vaidade sobre à razão - das mais imediatas às elaborações - estabelecer uma supremacia humana. E como metafísica me penso como as galinhas nas granjas, as ovelhas e gado nas pastagens e outros plantéis que também sentem - se de imediato e em elaboração beneficiados, cuidados, em vantagem ( supremacia ), porque ainda não se percebem como o alimento de outros. Então, como culminância da desgraça me pergunto: - O que como espécie me parece ser tão nosso que talvez sirva? E a resposta é: nós tecemos histórias e experimentamos emoções. Mas quem cultivaria isso além dos seres que existem enquanto forem memória? Malditos deuses.


Eu te vi pedindo para erguerem os símbolos e preparem a múmia entre os papiros de Ani, ainda que estas não fossem as verdadeiras condições de superação da morte, eu te vi pedindo isso: Significado.


Deste 'Oroboros' em qualquer condição ser o que somos é sempre um tipo de refinamento.


Eu não os maldigo deuses. E eu não poderia, porque nós nos dependemos mutuamente em cada extrato daquilo que é, daquilo que somos.


---


Agora pouco tive a sorte de encontrar com uma borboleta marrom de asas duras, daquelas que nascem no subsolo e desesperadamente voam em desgoverno... e tudo mais é juízo estético e supremacia do mármore.

terça-feira, 15 de novembro de 2016



Só te vê pleno em aurora quem acolhe tua escuridão. E desse dia em diante não restará nenhuma esperança à dúvida, não importa o que nasça entre vocês, será sempre filho da certeza.

Vai logo, fazer brotar do seu sorriso força para cada um dos meus sentidos que te buscam. E já que não te encontro preciso mais do que sorrisos, preciso-te zombeteiro gargalhando em triunfo na vida.

Do alto abaixo surge no horizonte uma ilha suspensa, mesmo que ninguém a veja e nem eu, aquela ilha está lá e só abriga os corações inflado de amor.


- Primeiro em pensei que amor fosse um barco para esperanças, depois a vida me fez crer que servisse para abrigar o inverso, enfim talvez amor tenha sua causa no existir a dois em silêncio confortável.

Mas amor é um horizonte que se encontra em outros olhos.

É preciso que passe a hora para que eu te diga atrasado, é preciso com isso dizer que para mim já não mais está em tempo oportuno, por isso me encontrará assentado e sem pressa.

- Quero chegar a dois naquela ilha suspensa.

                            Imagem: Zona Diversa MX


domingo, 6 de novembro de 2016



Dois avistamentos comoventes:
Você se sente sendo ele, pai.
Ou você se sente a mãe dele.

Um ama irrestritamente porque transpôs os limites de corpo auto referentes, então também é aquele que admira.
Um ama amar apaixonadamente um sonho consciente para além de si, árvore que ainda vê útero sorridente no fruto.