segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Eu evito o fim do mundo 


Se permaneço na cama imóvel 

Acostumado às acusações 


Eu evito o fim do mundo 


Me acolhendo à beira da esperança 

Na curva fechada do sonambulismo 


Eu evito o fim do mundo 


Fingindo que continua


sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Foi fresta, 


entre a porta aberta ou fechada do mistério, que escureceu em brilho meus olhos. 


Não tinha gardenia que me redimisse e nem mesmo as amarilis que me fizessem enxergar.


Eu estava nu e em plena ignorância.


Meu pai era um livro de condutas sobre a naturalidade sombria da minha mãe.


Ninguém servia a ninguém. Mas, éramos extremamente sensíveis, úteis e importantes. 


No relógio, um mistério: existir e ser tinham significados maiores que olhar o sol nascente.


Pagar algo ou ser apagado por alguém.


Tudo sempre agora.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022


 MANIFESTO HUMANISTA 


¤ Escola como organismo vivo e em contínuo.


Escola Ecológica:


• Eikos ( lugar );

• Logos ( conhecimento ).


A escola é fenômeno vivo em contínuo. À medida que modelos tecnológicos: engessam, ignoram ou desqualificam as micropolíticas locais e orgânicas, as relações culturais e afetivas; em benefício de um pressuposto teórico e estéril semelhante a um algoritmo computacional - nessa mesma hora, a escola contradiz às teorias de desenvolvimento humano da pedagogia como um todo, exceto o conceito formalista e mecânico " tabula rasa ": o qual considera a fotografia mais imediata de um fato superior às outras circunstâncias de um evento orgânico. E a solução não se trata de inventar um novo 'fetichismo burocrático' de mais produção textual que sirva à função de captura da Escola como Ecologia, como organismo, porque seria tão absurdo quanto alguém propor a um desenhista representar fielmente "in loco" a entrada de meteorito na atmosfera terrestre, mas, como se diz: - Há gente de toda crença. Até aí tudo bem, haja visto ter como possibilidade a coexistência de outras proposições: pedagógicas, didática e relacionais.  De modo a evitar, inclusive, o que traz à discussão Pierre Bourdieu: a escola como mera "máquina de reprodução". Porém, entre tantos paradigmas: pedagógicos, administrativos e variados conceitos de avanço na incumbência social que se atribui à escola. E, muito provável como reminiscência do sabido trauma social, opta-se por consolidar os recursos daquilo que serviu de fuga durante a calamidade social: "Covid-19", como medida referencial permanente das relações sociais como um todo. Então, eis que surge a: Escola "BLOCKBUSTER" - Enlatada, Higienizada, Padronizada, Editorial ("muitos papéis"/relatórios/planilhas; porém: ' inovadora ', porque agora o "papel" é virtual, 'burocraticamente virtual') e Centralizada, mas, talvez consiga distrair crianças na "Sessão da Tarde"; e, será assim, por que ainda tememos a pandemia? 


O problema de nos deixarmos seduzir pelos "artifícios" que usamos num momento de fuga, é que daí por diante nós temos que, consequentemente, entendermos que há uma degeneração nos modelos sociais que inventamos livres do sentimento de ameaça e experimentados pelo tempo.



Enfim, 

que ninguém se ofenda pela acidez em alguns momentos, mas, ao menos,  fica dito que me oponho a esse paradigma 'mecanicista' e 'centralizador' de avanço como sociedade e como escola.  


A Escola que existia, ainda que não fosse nosso melhor modelo, me parece preferível ao engessamento e a perda de organicidade em suas micropolíticas e idiossincrasias relacionais. 




Grato,


Og Esteves.