quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Se na metáfora de ser o amor um jogo, couber raciocínio matemático como salvaguarda de coração ferido. Dividir este 1 (um) que nos deixa pelas outras sete bilhões de possibilidades futuras, tem como resultado: dízima periódica.
Desculpe se pareço um monstro, talvez eu tenha como única opção ser feliz e compartilhar isto com quem me quiser ao lado de verdade.
O risco em nos envolvermos com pessoas que pouco se conhecem é sermos convencidos que também nós não nos conhecemos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012


 


Das grandezas escalares à pouca coisa ou quase nada.


É o medo que nos desliga da verdade, é o medo que separa. Quando vencermos juntos o medo que temos do que julgamos ser nosso em torno, porém é extensão inconsciente e involuntária do que somos em conjunto - "Interdependência" - , será possível uma compreensão do que somos: únicos e dissociáveis harmoniosamente; talvez sejam minimizados os conflitos entre nós.

Pessoas morrem, a palavra pessoa vem de Persona ( palavra latina derivada de prósopon: máscara em grego ); trocamos de fantasias no teatro da existência, porém em nada isto modifica o que somos, a partir deste conceito de coisa única e dissociável em grandeza escalar; do que nós sabemos ao que nós ignoramos ou do que nós ignoramos ao que nós sabemos; do sentir-se ao dissociar-se e vice-versa. Assim me vejo agora, incluo a todos usando o Nós porque o próprio conceito de existência que esboço é inclusivo por si.



 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

   Arte/Ars

 
   Arte não é Cultura, Arte deriva de Ars ( palavra grega para técnica ). Logo, ou Logus, Arte é Técnica de Ação Cultural, que voluntaria ou involutariamente [ Voluntas ( palavra latina para vontade ) ] tem consequências Estéticas [ Aestesis, palavra grega para capacidade de sentir, "lato senso" ( sentido amplo) ] e consequências Éticas ( palavra grega associada ao Comportamento/Ação em Sociedade ).
 
   A Matéria Prima e destino da Ação Cultural/Ars é a própria Cultura.

   A Tradição sobre os modos como se faz Ars e o estudo de seus procedimentos em grego chama-se Poiesis ( Poética ); talvez disto resulte a confusão em definir Arte, confundi-la com a Poiesis de cada Cultura e Tempo.

   Cultura são os Símbolos e Significados que encontram correspondência entre Seres em Grandeza Escalar. Assim, excedi e dissocia-se do que é Ars/Arte.

   Por enquanto, pra mim, é o que tá valendo.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Poiesis

Rouba-se tudo do outro, rouba-se até o outro de si mesmo, mas resta o Como, este, é assegurado contra furtos. O Como é tão particular que foge até mesmo à compreensão de seu proprietário.

Sabe pequeno gafanhoto, deixar de ser, inexistir pouco me assusta, meu medo chama saudade. Sem ser, nada se senti ou falta. Porém, desde que tenho sido, me restou  o inverso.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pra mim, Ética é exposição pública; despojar-se de máscaras sociais; assumir-se como ser; responsabilizar-se pelo que se é de fato; anunciar-se dando aos demais conhecimento sobre si, de modo que estes possam escolher sem serem induzidos ao engano.

domingo, 7 de outubro de 2012

Uma caixinha de música me contou ao pé do ouvido um segredo, disse irriquieta:

- Sabe moço, dizem que sou pulsar de tons entre um silêncio e outro. Mas eu, penso que o silêncio é que me permite ser com ele. Por isto, quando eu já não for, de certo modo, só terei mergulhado numa parte de mim. Assim, também pra ti, ser inteiro é ilusão e ser em parte é condição infalível.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Parece beleza: surpreender-me em harmonia analógica.

Nada resta.

Nada Falta.

E as surpresas convergem-se ao agora, o fazendo maior. 

Sem lógica, porém eu satisfeito, vi palavra involuntária ser corpo de um sentido indefinível. Só por gosto da experiência ou por gozo de virar memória?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tenho sempre um baú de conclusões ao pé da cama, alguns problemas ressurgem ao sabor das tendências, mas guardo espaço pra minha lógica de palhaço e, assim que avisto a lona, me lembro de variar fantasias.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tenho um sentimento avulso procurando palavra que lhe sirva de caixinha. O danado toda hora muda e parece que por gosto de confundir.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Será que o sentido em mim é sem jeito?

Guardado, impreciso e feito gaiola o meu coração.

De longe à janela, cabeceira, o leito;
num quarto à tardinha dorme a razão.

Nasci numa quinta-feira, meu destino é esperar o fim de semana.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Surgem: Memória e Símbolos.  Nascem às linguagens.

Entre o eu que observa, na língua que me explico; chamei o vão de vazio. A este vazio coube às linguagens preencher.

Na ausência de uma razão que me justifique, me apego aos sentidos.  Pobre João Cabral de Mello Neto, incapaz de perceber que o abstrato é mais sentido que o concreto - refém de palavras e objetos.

Volto ao vão.  Entre o eu e o modo como em língua me projeto. E só sobra língua sendo em abstrato concreto, o que me deixa preencher o vazio de todo objeto. Me satisfaço em extensão,  entro sem deixar de ser eu,  abrigado pelo outro.  De novo ela - a língua - traduz o que sinto em palavras. Covarde, inventou a saudade escrita em português.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012



Só resta grito ou maravilhamento?



   Falar que tudo começa com um entendimento seria injusto, porque de fato o que antecede qualquer entendimento são conflitos da razão, da emoção ou de qualquer outra nome que se dê a experiência de ser humano. 

   Demorei entender porque o ser humano é mais que a metáfora de ser ele uma ilha, mas considero o desejo de nos sentirmos como uma ilha em um arquipélago – nem longe de outro que sirva de referência e nem próximo a ponto de confundir-se.  

   Se num bar se vende bebidas e numa roda de maconha compartilha-se a erva, temos em comum que haja conversa; sinceramente costumam serem as mais sinceras para a grande maioria de nós despreparada para ser sincera.  Talvez se admire tanto o discurso linear porque ele consegue excluir verdades transversais, talvez só haja verdades numa ótica transversal. Ou quem sabe, antes de nós, tenham descoberto que na ausência de verdades, qualquer convicção preencha o vazio, então logicamente prevalece um discurso linear, vence a dissertação. E o restante, como se pudesse ser demérito, chama-se de literatura, de ficção.  Talvez eu pudesse definir melhor vazio, ou quem sabe escolher outra forma de articular entre frases evitando a repetição do “talvez”, mas minha vaidade se satisfaz com outros destinos; além do mais, estou ocupado preenchendo o meu tempo e o seu, caso escolha ler.

  Indo ao ponto: Hegel diz ser a tragédia um conflito entre razões do qual somos incapazes de tomar partido sem pesar; sem catarse; sem purgar; sem fazer vômito de uma das partes.  Sinceramente fico na dúvida se Hegel fala da tragédia grega ou da condição humana.  Alguém nesse momento é capaz de colocar de lado seu eu – ou de se esforçar para isso – enxergando a existência da versão de outro, a existência do ponto de vista da outra ilha do arquipélago? Sim, eu acredito, que se um momento de conflito entre humanos fosse transformado num drama do qual o autor não tomasse partido, lá estaria a tragédia de Hegel.  E como condição inerente ao humano e por isso inimputável: todos teriam razão.

  

  








quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012



Pai nosso que estais no céu
Que céu seja todo o nosso em torno, como que um abraço da atmosfera à extensão do cosmos.

Santificado seja o vosso nome
E na ausência de um único nome que lhe caiba, santifica todas as palavras para que sirvam somente ao que de fato é sentido por quem faz uso delas; desse modo prevalecem verdades.

Venha a nós o vosso reino
Que nossa visão, audição, tato, olfato e paladar sirvam ao entendimento e a ignorância sem prejuízo à beleza da criação.

Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu
E que as escolhas de cada ser tenham pesos suportáveis aos ombros.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje
E que a fome de cada ser não faça reservas ante a fome de outro.





terça-feira, 31 de janeiro de 2012




Ficção Moderna



   Os Modelos de Governo são as diferentes ideias sobre como uma região ocupada por uma população deve ser administrada; vejamos dois Modelos de Governo largamente divulgados no Ocidente:

   A República como conceito tem sua origem clássica nas traduções de Platão e seu modelo midiático foi forjado pelo Iluminismo com o empréstimo de três palavras que se tornaram estruturantes na síntese do conceito de República, vejamos:

1.       Liberdade.

2.       Igualdade.

3.       Fraternidade.

  Importante lembrar que as três palavras foram incorporadas aos Modelos de Governo e relativizadas, dessa forma as restrições ainda continuaram maiores que os direitos que as três palavras poderiam garantir aos cidadãos.

   A Democracia é uma palavra de origem grega: demokratos, demokratia ( Poder do Povo ).  Na Grécia Antiga a palavra servia para definir as medidas do Governo que favoreciam os cidadãos. Hoje, a definição midiática e sintética de Democracia, está restrita ao acesso que a população de uma região do globo tem para escolher seus governantes.

Brasil

   Existem muitos Modelos de Governo, porém atualmente o Brasil é definido como: República Federativa e constitui-se como Estado de Direito.

·         O Federalismo surge em 1787 como acordo entre as colônias inglesas que se tornariam os Estados Unidos da América. O Federalismo admite a divisão de um território em partes menores (Estados, Províncias, Cidades, etc.) com governos autônomos; estas partes unidas formam um território maior e juntas podem escolher uma forma de governo central (Pais, Nação, etc.).



·         O Estado de Direito significa, de forma simplificada, que em nosso país existem normas (Leis).  E como é uma República as Leis tem a ver com as partes que compõem o país, e por sermos uma Democracia as Leis foram definidas pelo povo.



   Os Três Poderes são a estrutura escolhida como forma de Governo no Brasil, vejamos:

Ø  Executivo, administra a população e o território e executa as leis, Ex.: Presidente, Governadores e Prefeitos.

Ø  Legislativo, representa o povo e define as leis, Ex.: Deputados Federais e Estaduais, Vereadores.

Ø  Judiciário, interpreta e faz valer as leis, Ex.: Desembargadores, Juízes, Promotores e Advogados.

   A Eleição no Brasil é um processo do qual todo cidadão é obrigado a participar, elegendo pessoas para o Poder Executivo e Poder Legislativo. Porém os brasileiros só podem eleger pessoas que tenham sido indicadas por um Partido Político.

   O Partido Político é formado por um grupo de homens que acreditam exclusivamente num Modelo de Governo, então se tiverem autorização do Governo podem se juntar em torno de uma cor, número e cartilha; só os Partidos Políticos autorizados pelo Governo indicam pessoas como candidatos para serem eleitos para cargos do Poder Executivo e Poder Legislativo.

   Ideias sobre como uma região ocupada por uma população deve ser administrada, Modelos de Governo, costumavam serem impopulares ou irrealizáveis em curto prazo, e geralmente beneficiavam os que governam; para solucionar foi criada a Polícia.

   A Polícia é composta por homens que acreditam num Governo e disponibilizam sua força bruta para impor esse Governo aos que discordam, mas também havia homens que simplesmente vendiam sua força bruta por Dinheiro, sem se importarem com que acreditavam; a história tem mostrado a nós que a necessidade de ações da polícia é proporcional à insatisfação de uma população com um governo.



   O Dinheiro é uma abstração numérica que garante a um ser humano possuir uma coisa.  Atualmente é representado de algumas formas, exs.: metal, papel e plástico, porém todo metal, papel ou plástico tem que ser autorizado por um Governo parar ser dinheiro. Todo humano que vive na cidade precisa de dinheiro para possuir coisa de comer, de habitar, de cuidar-se, etc.



   O Conflito entre pessoas e Governo tem suas origens na insatisfação de um grupo de pessoas que ocupam uma região e que discordam do modo como são governadas; não existem registros históricos de Governos que discordem do modo como governam as pessoas que ocupam uma região; a Polícia - por meio da força bruta - sob o comando do Governo traz paz aos Conflitos que se tornam Rebeliões Populares .

  

   As Rebeliões Populares ocorrem quando pessoas que ocupam uma região não encontram meios de serem atendidas pelo Governo sem confronto físico.  Historicamente os rebelados justificam seus atos acusando os Governos de Abuso de Poder e de Corrupção. Vejamos:

o    Abuso de Poder: quando os governantes usam brutalidade técnica, física, moral, psicológica, etc.

o    Corrupção: técnica; quando os governantes mentem; agem em benefício próprio; etc.



Corrupção Técnica e Abuso de Poder Técnico: quando governantes usam conhecimentos restritos a um grupo de pessoas como forma de inibir e enganar a grande população.





A única ética é a exposição pública.



                                                           

  FICÇÃO MODERNA



Juiz de Fora – MG, 31 de Janeiro de 2012.



Og Esteves Guedes.