segunda-feira, 27 de junho de 2016



I may be fooling, but I think a few lucky people are able to find the romantic and transcendental love in this life. If this hypothesis is real something much more meaningful, impactful and as sure as a physical law will attract you both.

______

Once I talk to my students about the possibility of romantic love and then it occurred to me a metaphor.


I told them to imagine that we are like a palette with multiple paint colors accumulated and overlapping, but might have a real color beneath the layers of paint. My students know that there is complementarity between colors, for example blue color is to complement the orange. Relate perhaps go in search of this complementary color we see in the other, but as we relate it would be like to rub on that color in the other that complements our color, so when it is not the true color on the other pain because we discover that not we found what we were looking for and it hurts the other lose the fake color he believed to be his - vice versa - but that it is also a way to clean ourselves until we discovered our true color and if we are lucky people find the time someone is our complementary color that was also able to reveal his true color.

Everyone has the good fortune to find true love, because everyone needs love.

                      Image: Regarde l'art gay

sexta-feira, 24 de junho de 2016



Why stubborn horizon does not hide? 
And instead lie down
knowing that all eyes want to achieve.

While sleeping as line, 
border between the all water and all air,
spreads in every directions and gives form to the space, 
even the vacuum gets his name.

How many feet are lost for the pleasure of serving as a measure?

I inglorious, though even without island in sight, I dive.

Neither monster nor mermaid,
then what comes is water:
that takes care of the reliefs,
that knows the best way,
that satisfies all.

Without ever having you completely you never rejected me.
And if, exhausted from seeking for you, one of your parts takes all my air as soon as I lift my head the other party return to me.

Among the nine muses, are you the most clement, Erato.
Listen to me, please, before I drown:

- Collect the bottle into the sea any word to serve as a witness:
if I sighted was a mirage;
I could never reach,
but until now I've been swimming.


            Imagem: Colton Haynes

terça-feira, 21 de junho de 2016




Te crio assim
depois de você já estar pronto.

Perfeito 
- em torno não falta nenhuma parte -, 
então onde me coloco?

Não caibo
porque não sou nada do que te falta. 
E eu vou sobrar só em mim.

É absurdo que você restar em mim te torne ainda mais completo, pleno.

Talvez se eu fosse espelho ou mirante faria sentido ser eu.

Me engano, não te crio e você existe, eu só não te capturo.

Como caça que dança por entre armadilhas do meu delírio de estar seguro, você ultrapassa a margem em mim entre o outro e eu. E tudo em você é um aceno ao meu fracasso - minha experiência em não ter mais esperanças.

Mas você é simultâneo em duas fugas.

Agora quem acena sou eu, 
enquanto entre nós só você me alcança.


























Imagem: 'El arte de Gerardo Vizmanos.'

domingo, 19 de junho de 2016



Estes olhos que você encontra e nos quais só há fuga 
te farão nascer noites em reticências acolhidas por sonhos.


Malograda vida, 
viver é uma condição de buscar:

o gosto que não chega à língua;
a textura que não se aproxima das mãos;
a imagem que intimida os olhos;
o cheiro que só é como imaginação.

E se você escuta é puro azar, impulso a tudo mais que será como falta.


Avista enquanto há tempo as árvores no pomar que florescem e frutificam.

Porque neste mergulho em quinas,
neste naufrágio que nos derrete enquanto nos absorve vivos,
os amigos são, mesmo na impermanência.

sábado, 11 de junho de 2016



Não serei encontrado
e até para mim serei perdido, 
por estilo três vezes, ou mais.

A vulso são vendidos sonhos parcelados
para que em cada segundo caiba a vida,
além disso é desproporção chamada: sorte.

Aos que terminam a dor é serem sob medida.

Toda vez que o fim me alcança nos amamos,
inevitável continuar se meu fim se faz em queda.


                             Imagem: Zona Diversa MX.

quinta-feira, 9 de junho de 2016



Recolhe esse rastro de possibilidades
e evita que se amontoe mais do que você alcança.

Porque tudo termina antes que se conclua,
os seres só serão plenos se forem em gerúndio.

E os olhos além das margens veem 
que é água solta tudo que se chama vida.

- Maldita minha ponte!
Eu te quis ponte, sem ver que somos submersos.

No côncavo do meu ombro faz lágrima, 
para que mais que água exista o choro,
e eu te equilibro em trapézio sem derramar
nossa lagoa.








Talvez eu devesse amadurecer essa reflexão ou reunir argumentos favoráveis antes de expressá-la, no entanto ela ser insuficiente ao convencimento não exclui sua validade como ideia.

A condição de ser humano não é a culminância dos nossos esforços como espécie, todos os nossos esforços científicos tecnológicos surgem no sentido de ampliarem nossa experiência estética como seres e extrapolarmos nossas características como espécie, a culminância da condição de ser humano - sapiens - é ultrapassar a condição de humano como espécie. Deste feito, o contrário a isso é mais controverso ao que somos do que aceitarmos essa condição de mente entre meios transitórios, porque começamos por ultrapassar nossos corpos como limites logo no início do período histórico ou mesmo antes nas pinturas rupestres. Acrescendo a isso a percepção de que também as ferramentas são modos de favorecer nossa interação com o meio-ambiente, talvez seja possível dizer que a ontologia do que somos é estética, em sentido amplo queremos melhorar nossa experiência estética e conservar nossa 'auto identidade' estética. Simplificando a culminância da condição humana é a mente 'auto refletida' ( consciente ) por entre meios que oferecem melhores condições de percepção e expressão.

Em outro lugar eu havia me perguntado sobre essencialidade como pressuposto de identidade, por exemplo o DNA é a essencialidade identitária do ser como organismo que advém do saber biológico. Então eu me perguntei se esse pressuposto de essencialidade como identidade poderia ser estendido à outras áreas do saber humano, por exemplo à música como saber, poderia existir uma essencialidade identitária do ser como expressão sonora?

Então, sem ser condição 'sine qua non' à essa realização, talvez se concretize os seres migrarem como mentes auto refletidas ( conscientes ) por entre corpos meios transitórios quando ideias semelhantes à essas se completarem.

sexta-feira, 3 de junho de 2016




Beautiful, beautiful and invariably beautiful.

In the eyes the secret of clear stones
and sunset wins the darkness.

Abyss,
delight the world which precipitates in your eyes
only to live in you, plunges, imagination.

Once I saw a beautiful man on the way,
I remained stopped as he walked,
since that day and even after so many bends,
is impossible for me not sight of him.

______


Lindo, lindo e invariavelmente lindo.

Nos olhos o segredo das pedras claras
e ao por do sol vence a escuridão.

Abismo, 
prazer do mundo que precipita em seus olhos
só para morar em você, mergulha, imaginação.

Certa vez eu vi um homem lindo no caminho,
eu permaneci parado enquanto ele caminhava,
desde esse dia e mesmo depois de tantas curvas,
é impossível para mim não avistá-lo.


                      Imagem: Colton Haynes


quarta-feira, 1 de junho de 2016




Então alguém que nunca chega irá chegar 
antes que seja tarde, irão chamar teu nome.


Brota de coluna em cada vértebra 
entrelaça e se estica imperecível: é o tempo.


Ora, 
que hipótese essa caber mais de um?
Sonha inerte o veículo esperando que embarquem: 
no sonho.


E desse céu, quem leva mais estrela que a memória?
E olhos vagam a perder de vista, e sem nem arrogância, olhos são mais.


Eu canto de cá, desse vácuo em silêncio absoluto, ninguém ouve a trovão na solitária floresta.


As nuvens choram? 
Ou só eu que penso assim?


Mas os cães recolhem nas poças,
com língua afoitas,
antes que sequem os segredos da Terra.


Abandonado.

Homem,
mulher e
bicho.

Só as plantas se acolhem por baixo, 
são silenciosamente solidárias
, no abandono, 
as raízes.


- Alguém sorriu para mim.


______



Then someone who never comes will come
and
before it's too late, will call your name.


Springing column in each vertebra
intertwine and stretches imperishable: is the time.


Yikes
that hypothesis that fit more than one?
Dreaming, inert vehicle waiting to board:
in the dream.


And that sky, who takes more star than memory?
And eyes wander to lose sight, and without even arrogance, eyes are more.


I sing here, this vacuum in absolute silence, no one hears thunder in solitary forest.


The clouds cry?
Or just me who think so?


But dogs gather in puddles,
with fast tongues,
before drying out the Earth's secrets.


Abandoned.

Man,
woman and
animal.

Only plants welcomes below,
are silently solidarity
, abandonment,
the roots.


- Someone smiled at me.


                   Imagem: Martin Lauschke.