segunda-feira, 1 de agosto de 2022

 Criança é bicho bobo, né. Tem medo até da sombra, mas põe a mão no fogo se ninguém avisar. Olha uma das minhas miçangas chinesas, daí começo chorar e busco amparo na Yggdrasil e no alfabeto rúnico. Bobagem e o choro não pára. Carnavalesco na alma. Tenho medo de um dia colocar um esplendor e ir à padaria tentando ser discreto. Eu vivo uma sensação semelhante às crianças, imagino, quando me recordo da minha infância, se colocar um capa acho que sou irreconhecível, que ninguém tá me vendo, que tô escondido. Eu quando criança me lembro de juntos com os amiga(o)s de infância descrever quais os objetos, por exemplo, te qualificavam à uma personagem fantástica, do tipo: todo espião tem que ter uma moeda de cinco centavos, caso contrário não pode ser. Ou tipo, feiticeiro(a) tem que saber os nomes das plantas ou nada feito. Circo era a maior realização possível na vida adulta, mas apavorante. Esse tipo de coisas. Então se alguém sugere, mas médicos são tão importantes e inteligentes, logo vem a resposta, pois é, mas ficam dentro do hospital. Militares vão pra guerra e eu nem gosto de ver briga. Daí percebi que talvez ser professor fosse menos ruim, já que a gente precisa trabalhar. Padre era legal, mas até descobrir que tinha que prometer uma coisa.

Poetas e escritores eram o máximo, sempre.

P.s.: a loucura já foi um brinde desde o nascimento.




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