sábado, 10 de outubro de 2015


Me olha e vou me tornando. 
Me guia teu pulso e cheiro,
para que você transpire toda a maioria das coisas que existem apesar de não terem nome. 
Tato é dança, espontâneo. 
Mas fico grande e sem caber em sua boca e garganta: ganho nome. 
E você me chama! 
Passo ser, sendo que já era.
A gente se alcança no vazio de cada um. 
E toda essa falta se enxerga como agir. 
Descobrirmos juntos que nem eramos falta.
Eramos ouvir música sem dança.

                   Imagem: "Nico", Bruce Weber (2010). In: Zona Diversa MX

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