quinta-feira, 21 de maio de 2015

   Sofro de plenitude. É um mal nada inconveniente, na verdade de sintoma: insípido, inodoro, invisível, inaudível e não sujeito ao tato. Mas se por essas características te parece inofensivo, é porque talvez você não seja alguém que se ocupe tanto com histórias, são elas que mais sofrem com a plenitude, a vida vai seguindo sem que nada lhe cause ausências, então me diga sinceramente: - Como sobrevive um coração sem o mínimo de ausências necessárias?
   Porque estou sobrando em mim preciso que venha logo me fazer falta.


    Imagem: "Field of Dreams..."
    B is for Balloon, Pt II (2/26)
    In: David Talley Photography


 

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