domingo, 3 de maio de 2015

 
 
   Enfim, queria que você não terminasse.

  Tenho um gosto bastante comum, nada surpreendente quando se trata de beleza. Na verdade costumo desconfiar de quem insiste em desvirtuar a beleza desse lugar devido à ela na imaginação dos povos: como a forma que transcende o particular no gosto.

   Eu realmente me interesso pela beleza, e acredito que a beleza tem um custo alto para si como projeção do imaginário, a beleza se paga caro. Encurtando caminho para demonstrar isso lembro da terminalidade, além de todos os outros pesares, o maior brilho e a maior escuridão da beleza é saber do fim. Em seres, natureza, artes a beleza está sempre em estado terminal. Entender isso explicou para mim a razão de eu achar feias as pessoas belas autodeclaradas, as que fazem recepção para si mesmas, as que são anfitriãs de suas existências e vivem como nos convidando a participar da festa que é serem elas, essas pessoas continuam belas, mas quando sonegam o fim, a terminalidade da beleza perdem o brilho e como enxergá-las na escuridão? Que isso não se confunda com a beleza assumida quando se trata de pessoas, porque admiro mais a honestidade que a modéstia, aqui eu falo dos megafones. Preste atenção, estou excetuando da minha causa a vaidade ferida, ela existe também, contudo eu acredito que mais importante como causa de desgostar de uma beleza é quando esta se desconstitui desse estado de terminalidade, que a torna apreciável a cada instante como o derradeiro.

   Então, depois desse à primeira vista e a tantas quantas vistas outras forem possíveis, me interesso pela delicadeza em contraste com a masculinidade, na falta de uma duas, no máximo, por distração.



    Imagem: Zona Diversa MX, Facebook.


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