domingo, 29 de janeiro de 2017


De alto a baixo se foi o último sol de hoje. E ainda que amanhã amanheça hoje fica assim, sendo.

Eu te negaria, mas irrita essa constância em ver pelo lado errado tudo de certo que me acontece.

Vou. Voo.
Vou sim, olhar através dos olhos de quem espera à beira de abismos, porque é no fim que somos essência.

Cristalizados amores esperam olhares e sorrisos adequados à colheita.

Vê aquela esquina?
Então, logo depois dela pra todos nós que não vemos continuação é possibilidade.

Eu te colheria se fosse capaz de te plantar de novo.

Me perdoe.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017


E sempre termina onde nunca começa.

Então, só você responde a pergunta que eu nunca fiz.

Estamos calados, nem mesmo olhos se encontram. E apesar disso nos enxergamos.

Coisa qualquer acontece aos que nunca acontecerão e talvez, por piedade, o tempo aceita o pensamento como termos sido.

- Vai-te embora daqui o moléstia d'alma.
Nem quiseram nos deixar merecer qualquer tempo.



Antes de se perceberem sendo, todos eram.
Antes de verem a estrada, todos caminhavam.

Sem nenhuma missão ou defesa de uma missão, existia amor e quase nenhuma ansiedade ou frustração em cumprir qualquer missão inventada.

E até no que parecia repugnante pântano um lotus florescia enfim.

A percepção anterior às idéias: e nenhuma outra coisa pode ser originalmente a mente.
Lá o esplendor da verdade.

Contradiction something related to feelings serves very little in a world that is done because it is never completed.

Good luck, for us who we are today ours yesterday sighting tomorrow.

And the now is here eternal, so without measure that a description fits, if we were whole in every less time, place and feeling.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017



APEX in Chile

Inevitável que a gente se encontre e mesmo se nos procurassemos em curvas, introspectivas ou externas, lá estaremos nós em busca.

- Menino, rema... porque viver não é sobre a força de teus braços ou encontrar a ilha perdida... Menino, viver é sinônimo de continuidade.

Nunca estivemos em dúvida ou perdidos por um paradoxo que não fosse criado por nós mesmos... por isso rema, apesar dos encontros e desencontros.

Dorme como em oceano toda sabedoria enquanto só pescamos sobre o que perguntamos.

- Menino, rema... ser é sempre continuar além das ilhas, peixes e continentes... olha de trás à frente tua vida e percebe que do ser - enquanto o ser é - desde sempre só existe o 'estar sendo'... e então, menino, rema.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017



Às vezes penso que entre todas as condições de ser a humana é a mais desprezível apesar de todas as controvérsias... então como que somente por exame os outros seres nos olham, examinam e nos incluem à natureza em uma próxima vida, nos tornando de uma outra espécie não embrionária como é a espécie humana.

Às vezes eu olho em torno e penso: aquele canário amarelo está olhando para mim e descobrindo se eu mereço a Terra tanto quanto ele certamente merece.  Procuro agir honestamente para evitar precipitação na minha ascensão à condição de existência superior...

domingo, 15 de janeiro de 2017


Escrevo inutilidades.

E o tempo despreza o que eu sinto sem excluir do sentir qualquer um dos meus sentidos.

Resto - me.

E hoje de novo amanheço um pouco ontem com uma esperança igual sobre o melhor para amanhã.

Antes de todo desespero alguma coisa que ama me alcança: pássaro, flor, sorriso, sol, ar,  insetos, abraço...

A dor não é ter fim é a continuidade e cogitar um fim.

- Amor, teu sorriso amanhece antes do sol e você nem sabe, escondemos mutuamente o quanto.

Aquela parte é mar e aquela outra parte é terra, ser é o ponto de intercessão e as histórias são  ondas.

Não afogo em mim e nem me resgato, naufrágio inconclusivo.

Oceano.

E quando muito lá estou eu no farol descrevendo minhas condições de terra, mar e ondas.

Ah, sobre você... não há algo que esteja sobre você.

Luz no farol para além de todo meu egoísmo.

Só estou completo se você me alcança, porque então fico tênue e nos tornamos ao acaso algo como a brisa das ondas contra o farol: indescritíveis e finitos, somos filhos únicos da maior intesidade .

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017



Vírgula

O tempo consome tudo e talvez invariavelmente tudo o tempo irá consumir. Mas sem exceção o mínimo símbolo, peça, história ou ideia do passado que sobreviveu um pouco mais ao tempo teve como causa de sobrevivência um amor que o edificasse, conservasse ou resgatasse.

Não sejam cômodos, o amor é a única coisa nossa que existe.
Pequeno entreato

E viver intensamente tem a ver com os detalhes para mim. É como se todas as ideias saíssem da cabeça e então ficar contemplando elas do lado de fora, olhando como se o que restasse em mim para olhar fosse um vazio confortável. E tudo parece suficiente: as mais agradáveis ideias do lado de fora admiradas pelo vazio contemplativo dentro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017


Sobre mim recai o tempo marcando - me.
Ele é vão: entre os sentidos interposto como medida.
Ele me fez vão?

Vago em teus olhos. Vagam os meus olhos enquanto vazios.

Mergulho sempre na esperança de hoje, mas amanheço amanhã e insisto apesar disso.

Não sou um rejeito de tempo, mas será o tempo como condição de medir - se a partir do desejo sobre si?

Existir você é a contraparte não solitária.

Existir você como amor verdadeiro é essencielizar um conceito e é ver razão entre as primeiras ideias:
- Porque se não houver razão no amor, o que dizer sobre os conceitos mais recentes da inventividade humana?

Por estilo eu diria três vezes não sem nenhum sentido, antes que antecedendo ao sentido o sentir se fizesse maior por natureza.

Porém amor é coincidência harmoniosa e os relatos talvez sejam esforços descritivos, enquanto o desespero dos incrédulos - me incluo - não é não ter existido a coincidência harmoniosa do amor, mas desconhecer a razão de ter estado ausente dela.

E sozinho é sempre um fim em si mesmo.

domingo, 8 de janeiro de 2017



Então a natureza continua com o nome mais óbvio para que todos a chamem.

- Amor, quanta falta me faz desde que partiu na terça - feira ou qualquer outro dia da semana.

Pretensioso é somar só em números enquanto a vida é pulso. Por isso me dê uma unidade, mas no mínimo que tenha ritmo, talvez melodia.

Atravessei os continentes com os olhos em um mapa mundi sobre a mesa pensando quantos são e quantos sentem?

Açúcar ou adoçante antecendem as respostas mais sinceras.

Hoje é sobre nós e o que sentimos sobre e entre nós, enfim como foram todos os outros dias.

Eu me acho meigo, entretanto a condição de ser bastante é uma pergunta silenciosa que faço sobre mim ao outro.

E há mesmo conforto quando nos tornamos silêncio, talvez.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017


So delicate the smallest horizon perched on the water.

Under the caution of the great horizon. Do they see each other?

And calm keeps company with version creators. Because even beauty is a measure of patience to be seen.

So so close.

When the pool saw the ocean.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017


Por que deixa cada sonho incompleto à fronteira entre realidade e delírio? 

Senão para que te chamem paixão.

Eu vi teus olhos debruçados sobre alguma coisa incerta e achei que eu pudesse ser um destino ou esclarecimento. 

Mas era duplamente vão. 
Teus olhos mergulham em abismo, tão úteis como clarabóias desafogando as almas nos prédios.

- Eu quase não sei como me mexer quando te vejo.

Talvez só eu seja impermanente. 

Enquanto você continua chegando a tantos outros lugares eu fico em adeus ou aceno calado, porque você só partiu em uma parte.

Ao que nos causa amar:

- Por que recolhe tão jovens os que te quiseram?
- Planta a tempo os que te quiseram colher?

À contradição:

- E se fosse diferente? 
- Se acaso uma única vez fosse o horizonte olhando para mim?

Sobre ensaio da hipótese:

Eu pediria calma ao horizonte e eu diria:
Se ao mar, vou construir barco.
Em terra, entre nós é o tempo.

E o tempo é sempre favorável, enfim foi o tempo que nos fez para ambos agora.

Entre nós medimos a distância exata do quanto nos desejamos e chegar é fácil diante disso.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017



Todos os deuses nos aguardam à deriva.

Indiferente ao significado ou à credulidade,
a cada época e no máximo todos diferentes: sentidos, potências, deuses ou evidências são estimativas e tempos sobre naufragar em vão.

O horizonte ainda é um fim em nós, apesar de toda circunferência que inventamos para nos esquivar.

Por isso, me alcance tuas mãos e não porque sirvam ao impedimento da nossa condição de ir, mas porque significou termos sido. Último ato de solidariedade.

E se o tempo me tira tudo por um lado, por outro me devolve o mistério dos deuses que me querem à deriva: sendo, pensando ou sentindo.

Quem sabe até descobrirmos que o porto somos nós e que talvez algo como âncora durma no abraço dedicado às velas cansadas ou descobridoras da condição de terem sido só barco.