Enfim, nada do que me ocorre sou eu.
Sou sempre uma versão do meu passado,
uma expectativa de versão do meu futuro,
e até no presente há um porém sobre eu ser real,
também agora sou sobressalto do desejo em um ou mais dos meus sentidos.
Enfim, nada do que me ocorre sou eu.
Se tudo pulsa à vir-a-ser:
porque para ser se escolhe entre o que foi,
porque para ser se escolhe o que quer ser,
porque para ser se escolhe enquanto agora.
Nunca fui desde sempre algo mais que a pura vontade.
Enfim, nada do que me ocorre sou eu.
E para além de mim,
ver a vontade no outro querendo acontecer é amor ao outro - transcendência.
Eu morri vivo, porque em qualquer desejo não existe o eu.
Em todo desejo só existe nós. Eternos, porém coletivos.
E sobre como nos somamos:
como aranha tudo é teia,
se acredita em mim te capturou.
E sobre como nos somamos:
como aranha tudo é teia,
se acredita em mim te capturou.
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