sexta-feira, 10 de junho de 2011


Talvez a dedicação à contemplação da mente possa proporcionar ao indivíduo insights que revelem algo sobre sua natureza mais primitiva.  E mesmo que a meu ver não seja o propósito, ou algo de grande relevância, talvez possa o indivíduo identificar os construtos de sua própria mente e relacioná-los ao habitat no qual se insere, assim criaria por experimentação sua percepção de uma cosmogonia particular.
Por experiência própria, quando digo Eu percebo o limite de minha consciência em considerar-me fruto de tudo que me antecede e é contemporâneo a mim.  A extensão do Eu é inestimável.

Um menino passeando plenos charcos encontra uma senhora e diz:
- O que está fazendo?
A senhora levanta e responde que está semeado arroz.
O menino insiste:
- Por quê?
Sorrindo a senhora diz que precisa comer e acrescenta que sua família sempre plantou arroz.
O menino fica intrigado com a escolha da senhora em plantar arroz, tendo tantas batatas selvagens disponíveis ao redor da lavoura e pergunta:
- E todas as batatas que naturalmente nascem aqui, o que faz com elas?
Já irritada a senhora repreende o menino dizendo que só tolos pensariam em se alimentar daquelas batatas, afinal ninguém se alimenta delas, só servem aos porcos presos e sem escolha do que comer.
O menino desculpa-se com a senhora por mudar o humor dela naquele momento e deseja uma boa colheita de arroz.

Og Esteves

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