terça-feira, 17 de maio de 2011

   Complicado começar pela conclusão, esse é o esforço de quem decide escrever algo. A idéia está pronta na cabeça, mas precisa tomar corpo emprestado em palavras, que nunca se ajustam à idéia, deixando sobras que fazem o autor sentir-se incompetente, e que recebem o nome de incompreensão ou dúvida dos leitores. Porém, buscar forma pro abstrato é a vontade dos autores sensíveis ao íntimo, daqueles que de repente vão pra longe do dia-a-dia, e prestam atenção no como o dia-a-dia os faz sentir diferente. São egoístas pra acharem que há relevância no sentem e generosos ao partilhar. Pois bem, imagine uma estrela - elas quase sempre estão lá -, passa despercebida todos os dias pelo pretenso autor, e em um belo dia é notada de forma diferente, vira inspiração para o autor e mau presságio para o lavrador, que aguarda a chuva no dia seguinte. Esta é a morada do sentido e o limite para os que pretendem dar forma às idéias, não há uma conclusão que possa servir a todos os seres.


   Algumas coisas que me ensinei:

• É possível se sentir completamente integrado e se identificar com cada partícula que há no universo.
• Se a realidade sobre um objeto for a totalidade na percepção deste mesmo objeto ela nunca será atingida enquanto houver uma condição ao percebê-lo.
• É preciso se adaptar às suas condições sociais de modo a prover seu próprio sustento, então faça o que quiser desde que continue sendo capaz de fazer o necessário à sua sobrevivência.




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