quarta-feira, 3 de maio de 2023

 Às vezes, eu penso que talvez e quando existir o amor grande, nenhum bicho precisará ser de estimação, enquanto, todos serão integralmente respeitados e apesar do cardápio afetivo ou alimentar que nós inventamos para os outros bichos. Antes disso, mais me parece, que nós discutimos mesmo é sobre: nossas preferências e gostos na diferenciação de cada animal. É sobre quais sabores mais agradam nosso paladar entre os sabores d'alma aos prazeres da carne, entremeados, por discussões unilaterais de ética e estética no trato com os outros bichos. A longo prazo, raramente é sobre eles e quase sempre: sobre o que imediatamente nos falta e se completa em nós usando eles.


Veja bem, eu não tenho nada contra o acolhimento e animais de estimação, minha questão é se minhas escolhas sobre a vida desses animais os satisfazem também. Eu verdadeiramente acredito que acolher é manifestação de caridade, no entanto, acolher à medida proporcial de busca pela manutenção da vida natural daquele ser acolhido. Por exemplo, em que ocasiões se justificaria dizer ter acolhido um ser que é mantido ao lado por coleira?


Acontece de me perguntarem sobre eu ter animais de estimação, minha resposta pode ser uma lista grande, porque estimar é diferente de fazer que seja meu. Eu posso ter carinho por um bicho sem ter direito a exigir dele o mesmo carinho. Enfim, é como dizem: só acaba quando termina - risos -, então, antes de terminarem as discussões continuam vivas. Só existe esperança na ausência da conclusão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário