terça-feira, 3 de outubro de 2017


Vou falar algo e sair correndo, porque vão me julgar inconsequente, ignorante, etc. De fato sou ignorante neste assunto e tomara que meu pensamento não gere nenhuma irresponsabilidade pessoal de cada qual para consigo mesmo.

A questão é que tenho minhas precauções com a dita Medicina Preventiva, por que enfim ela pretende nos prevenir do que? Da vida? Óbvio que em alguma parte desse conjunto que se atribui a mim algo vai mal, talvez esse microscópico eu, em algo tempo futuro, transcorrido decênios, será a causa da minha morte ou se somará a um conjunto que dê forma à uma causa proporcional e derradeira da minha morte. Eu não acredito que seja científico, na atualidade, que a ciência médica queira me prevenir da vida como um processo de morte.

- Doutor, o que me conclui é a morte, trata só do resfriado, porque tudo em mim está morrendo e eu aceito o mistério.

- Mas e a distanásia?  Interrompe o médico.

- Doutor, não vamos confundir ciência com filosofia e medo disfarçado de moral religiosa ou humanismo. Algumas células e tecidos mais avançados no progresso, mas todos correm para chegada. Não vai acreditar, Doutor, mas eu nasci para morrer.

Morreram pela eternidade, depois de muito tempo, porém com a árvore só os frutos que se mantiveram verdes. Não interrompam minha queda, uma constelação de galhos quer nascer de mim.

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