domingo, 18 de setembro de 2016




E quando faltou-me ar,
pousou-me uma vírgula.

Sou todo em estações,
embarques e desembarques,
mas a verdade é que eu passo
e sobre mim fica o tempo.

- À beira de te amar teus olhos dizem não.

Coisa qualquer é ser,
uma vez definido já apontam para ti,
se concluído já é mais morte que vida.

Constelações, só luz no céu e silêncio.
Em seguida uma companhia necessária:
ao tato ou à imaginação,
porque o céu não se basta 
quer ser grande por fora e por dentro.

- Borboletas, 
se tornaram mais tímidas ou mais raras?

Coincidência olhar-me mais que uma vez.
Deste amor que existe em mim é arapuca,
sempre capturaram-me lágrimas, 
logo depois me deixaram passar sozinho.

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