quinta-feira, 6 de agosto de 2015



Em 'Mahanirvana Tantra', um dos mais importantes textos do gênero, Sri Shiva em diálogo com sua amada consorte Parvati esclarece que em Kali Yoga - na Era em que a morte é nosso mais importante evento de comoção, de ligação entre nós -, o Tantra - e nesse texto ele se dedica ao Kaula Tantra - é a única possibilidade de liberação no samsara. Eu poderia me dedicar feito um Pandit, explicando cada curva que o amor faz então ficaria claro os muitos tantras existentes como aspectos de liberação, de libertação no samsara, eu poderia encontrar várias razões para explicar o destaque dado ao Kaula Tantra, mas Sri Shiva com sua sabedoria sintética - assim como termina o referido texto resumindo todos os mantras ao ' OM TAT SAT ' - talvez quisesse nos apontar o óbvio: além da morte como grande união - Kali ( deusa da morte ) Yoga ( sentido de unidade ) -, nesta época de poucos seres apaixonados pela abstração intelectual, pela contemplação dos fenômenos manifestos, o amor vivido intensamente é a força preponderante a tirar o ser da infeliz condição de ser: um em si, de viver por si exclusivamente, de ser puro ego; mais comum ainda ser a Kaula Yoga Tantra, o amor sexuado, o fator a nos tirar dessa condição de limite perceptual, de pouca participação em relação: ideias, seres e coisas além dos que nos parecem só nossos.


Quando Sri Shiva, ou se preferirem Sri Siva, estabelece ética sobre a prática do Kaula Tantra - amor sexuado - ele cria dharma nesta prática, porque o ego será dissolvido e o sofrimento será evitado. Por esse meio, no período que corresponde ao texto, ele evitou que os seres fossem cor / ruptus na prática do amor sexuado.

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Segundo Tsong-Ka-pa basicamente são quatro os tantras, como nos apresenta do 'Tantra Samputa':

"Os aspectos de rir, olhar,
Segurar as mãos e abraçar
Residem como quatro tantras
Na maneira dos insetos."

Tantra Hevajra:

"Rir e olhar
Abraçar e unir,
Os tantras são de quatro tipos."

Em 'Vairochanabhisambodhi'

"À direita a deusa chamou
Buddhalochana, que tinha
Uma face levemente sorridente.
Com um círculo de luz uma braça cheia,
Seu corpo inigualável é muito claro,
Ela é a consorte de Shakyamuni."

Em "Paramadya":

"Desse lado está Mahavajra
Segurando uma flecha, ereto.
Sua mão embraça, orgulhosa,
Uma bandeira da vitória
[ Adornada ] com os monstros do mar."

To be continued...

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