POLÍCIAS SUBSTITUEM FORÇA BRUTA POR LIVROS DE COLORIR
E se um gênio te revelasse que após a morte sua vida volta ao seu nascimento, e você vivesse tudo outra vez em uma repetição eterna. É algo semelhante a isso que Nietzsche metaforiza em Zaratustra sobre a história social - "eterno retorno" -; eu faria uma proposição semelhante, porém diversa: existe proporção entre ação e reação, simplificando muito: causa e efeito são complementares. Pensar nesses termos talvez possa parecer restringir a contornos matemáticos as experiências sociais, por outro lado também é limite justificar incompreensão sublinhando aspectos aleatórios da experiência social.
A questão é se houver aplicabilidade social nesta metáfora de Nietzsche, mais que isso, se houver possibilidade de uma ótica exata sobre relações sociais, dedicar-se ao entendimento da Cultura em seus aspectos históricos pode servir como meio de antever mudanças na sociedade.
A experiência social em meio aos avanços nas comunicações e no acesso ao conhecimento torna difícil a tarefa de perceber as evoluções da Cultura, também porque esses fatores contribuem para que os modos de simbolizar tornem-se mais diversos. No entanto cabe perguntar: existem "modus operandis" sociais que sejam, digamos, persistentes atrás dessas variadas simbolizações culturais? Como considerar a Moda neste tempo, ante essas proposições de sociologia exata, sem perder-se em seus aspectos intrínsecos de transformação acelerada à serviço do capital? Esses e outros fatores tornam questionáveis o empreendimento por uma sociologia exata como a proponho aqui - a partir da observação dos arquivos da Cultura da humanidade -, contudo, a intenção é o erro, a intenção é evitar que ocorra, por essa razão melhor será ser pouco eficiente esse texto sendo ele muito eficaz.
Se eu reduzo a conceitos químicos minhas observações sobre a sociedade e Cultura atual, buscando essencialidade, posso inferir que - levado a crer pela aceleração das transformações na Cultura - estamos caminhando rapidamente para uma homeostase social. Presta atenção, eu não sei o que isso significa em termos sociais - ainda que a História da Humanidade nos sirva com alguns exemplos -, mas estou antevendo um ajuste social para regular os extremos.
O desqualificado em termos acadêmicos Sigmund Freud, o pobre médico alemão que dedicou-se a uma causa arriscando sua reputação e deixando de ganhar dinheiro, escreveu "Mal-estar na Civilização e Futuro de uma Ilusão", nestes textos o médico charlatão, o bruxo Sigmund Freud faz relações macros com seus conceitos da clínica psicanalítica, ele aplica à sociedade sua teoria enfatizando o "recalque', a repressão, e as reações correlacionadas. Esse questionável delinquente da medicina e da ortodoxia acadêmica do século passado, tão irrelevante quanto seus críticos, mas diferente desses cindindo a história, chegou a conclusão derradeira que, na minha leitura pessoal: o Totem seria novamente derrubado à medida que as instituições totêmicas, que exercem a força a partir do símbolo: Estado, Religião, etc, fossem desacreditadas também porque fraqueja o símbolo que evoca a força. Tudo bem, então depois disso uma nave interestelar irá sobrevoar toda a Terra projetando lindos arco-íris enquanto distribui doces às crianças incivilizadas, se esse for seu "The End" ou "To be continued" como expectativa: esqueça. O que provavelmente acontecerá é lembrar às crianças que o Totem era só o símbolo e que a força instituiu a civilização e estabeleceu os contratos sociais. Por exemplo, eu considero Roma um império bem realizado, hoje olhamos com amor para o crucifixo, seus líderes são amáveis, mas o crucifixo na antiguidade era um símbolo da gentileza romana com todos que se oponham ao seu governo - também usaram leões ou você acha que esses leões em frente as casarios antigos são por charme? Eu não inventei isso, nós inventamos isso, nós inventamos a sociedade a partir da violência organizada e estabelecemos contratos para manutenção dessa sociedade. Nisso mora o perigo na atualidade, por exemplo no Brasil, a grande população foi alfabetizada e hoje convivemos entre intelectuais, esses 'doutos' alcançaram o vislumbre de entenderem ser a sociedade em essência uma abstração coletivizada por símbolos, insubstancial, assim sendo seus contratos podem ser desrespeitados sem risco imediato para o infrator, o símbolo não tem força por si, então: furamos fila, damos carteirada, desrespeitamos direitos fundamentais do cidadão nas relações políticas, relativas à polis ( cidade ), desrespeitamos o fundamental do direito do consumidor, vamos agindo de forma conveniente e perversa entre nós com o cinismo próprio de grandes intelectuais que como disse: alcançaram o vislumbre de ser a sociedade estabelecida por símbolos sem força por si. A questão é que foi a violência organizada que estabeleceu o símbolo e de fato, o símbolo não tem força, ele evoca a força, faz lembrar, por isso quando o símbolos que estabelecem a Ordem perdem sentido - como as naves interestelares estão ocupadas abduzindo gado para projetarem arco-íris e distribuírem doces aos incivilizados e, agora, cínicos -, a reação social imediata e original - que deu nascimento a todas as sociedades primitivas - é o uso de violência para reestabelecer a Ordem Social.
Também por essas razões eu sou essencialmente um Anarquista, mas isso não me torna um idiota inconsequente a ponto de ignorar como funcionam as coisas, porque elas funcionam a despeito das minhas opiniões pessoais e preferências.
Então amiguinhos, se você é de direita; esquerda; centroavante; se prefere picles à strogonoff - para os saudosos da Guerra Fria -; se você tornou-se um 'dadaísta' por osmose depois de ouvir o nome de Marcel Duchamp, passando a banalizar todos os elementos da cultura; se você tornou-se um hipster porque é bonitinho e acha que hippie é um jeito de se vestir; se você tornou-se anarquista por conta daquele "A" todo estiloso e acha que ser a anarquista é fazer bagunça e sem ter medo da mamãe; tudo bem, mas faça um favor à paz no mundo: - Faça xixi no piniquinho. Entende, vamos bagunçar, mas tudo bem se cumprirmos os contratos sociais elementares?
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Tem muita gente avisando e outros tantos pensando assim:
https://www.youtube.com/watch?v=44KU8lzluJ0
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