A onda quebra na praia: água, sal, movimento. Cada um que vê escolhe três - ou mais - nomes diferentes, mas o que acontece está lá, passando em contínuo.
Um dia alguém insistiu em comunicar à onda ser esse o nome dela e, no entanto, nesse dia, a onda permaneceu indiferente à revelação.
De um outro lado as potências disseram:
- Deixa nomes necessários ao serviço dos que governam e dos cantam nossas estórias; porque só assim os filhos não são órfãos.
Na existência, a verdade é uma experiência que encontrou uma palavra que a torna presente contínuo comunicável às próximas gerações.
Às vezes algum Grego dirá:
- Crio verdades, por: força, convencimento ou carisma.
E apesar disso, alguém te pergunta:
- Vê,
esta flor?
Então,
de imediato,
você reconhece a palavra e traz memórias.
Esta é a revelação numinosa. Porque a experiência de saber se torna presente, você não é órfão dos símbolos e significados da sua espécie. Nesse instante de compreensão você é revelação numinosa presentificada e memória vencedora: da escuridão, da ausência e do esquecimento.
Aos que discordam:
- Peço que devolvam aos autores os alfabetos e as palavras antes de se pronunciarem.
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