quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Eu sou: no sentido de me sentir separado de um conjunto.
Eu sou tribal: no sentido de que o mais imediato é necessário para sobrevivência.
Eu sou libertário: no sentido de poder fazer escolhas.
Eu sou comunista: no sentido de que todos sejam beneficiados.
Eu sou democrata: no sentido de que as regras coletivas impostas incluam todas as opiniões.
Eu sou republicano: no sentido de que precisamos criar e respeitar modos de organização.
Eu sou nazista: no sentido de que o conjunto das melhores opiniões seja melhor considerado que opiniões pessoais sobre o coletivo.
Eu sou fascista: no sentido de que o conjunto irá banir o que não é conveniente ao conjunto em nenhuma situação.
Eu sou imperialista: no sentido de que precisamos e alcançaremos unidade cultural.
Eu sou artista: no sentido de que a cultura serve de orientação coletiva e se transforma.
Eu sou filósofo: no sentido de precisamos saber.
Eu sou cientista: no sentido de que precisamos ter confirmações por testes.
Eu sou ecologista: no sentido de ser humano é uma pequena parte do todo e isso significa pouco na melhor perícia lógica.
Eu tenho fé: no sentido de que o fato é maior que minha capacidade de entendimento.
Eu crio memórias: no sentido de que o lembrar seja vantajoso sobre o entendimento.
E porque o que eu sou e o que me acontece não trata só de mim, no mínimo somos e continuamos e melhor nos definimos como todo eu qualquer um: em um verdadeiro nós.
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