Eu subo e, em seguida, revejo o abismo. Diferente da montanha, o abismo é sem possibilidade de descrições, porque é espaço entre as alturas das montanhas.
O abismo não dói e nem a altura, o que dói é queda do corpo colidindo com as rochas ou o impacto contra o chão.
O abismo estava lá antes de mim. Um sem número de pessoas viram aquele espaço, o ponto cego dos muitos olhares.
O medo é o imprevisto.
Alguns sobem as montanhas com peso demais, outros com peso de menos. São dificuldades extremas?
Qualquer desatenção e inconsequência infantil ressoa como eco diante dos precipícios. Eu sei, nenhuma criança está lá, porém o medo de cair insinua voltar ser criança. Vertigens.
Na subida o entusiasmo traz força, a paisagem compensa esforços e cuidados. Descer exige outras expectativas.
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