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Nem sempre interessa
descrever a paisagem
ou inventar óculos.
Às vezes,
já é coisa pronta,
o toque à espera do tato.
E o delírio:
nem é visão,
nem é miragem.
É inversão do desejo.
Às vezes,
já é coisa pronta,
mas se inventa a cegueira.
Imanente à humanidade.
Singular transcendental.
Mergulha no delírio,
e devolve os antigos
mesmos olhos.
É sobre revelar o óbvio,
o grande horizonte.
Das artes
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Imagem:
"Banhistas à noite", 1905, Károly Ferenczy (1862 - 1917). Óleo sobre tela.
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