quinta-feira, 27 de abril de 2017



Eu gostaria de ser significativo ao dizer algo aos serviçais do deus da dor, mas nada posso contra os serviçais do deus da dor, porque ele é um deus tão pequeno que se mantém a medida que faz doer em outros sua incapacidade de incluí - los. 


Deuses pequenos são semi - originadores e se mantém a medida que excluem e aniquilam contradições, deuses pequenos são parcialmente verdadeiros pela mesma razão, enquanto a eternidade e potência são possíveis aos deuses que forem sem exceções todo inclusivos.


Eu queria a ti deus pequeno dar - te o domínio sobre todo alfabeto, mas é um deus pequeno e restrito à uma versão e por isso um deus falível e subordinado aos costumes e ao tempo. 


Grandiosos são somente os deuses merecedores do alfabeto, porque os que dependem de versão são os deuses terminais e inferiores à inteligência.


Os deuses Grandiosos escrevem e incluem, os deuses terminais querem fazer imperar só as versões que os contém, porque em princípio não são existentes, mas dependentes de seguidores e de versões que os mantém, não expressam o todo abrangente do manifesto da natureza, são só uma parte da história e um conjunto de regras e sempre morrem junto de seus últimos seguidores. Ah, mas e os deuses que se incluem em todas as narrativas? Estes são, sem exceção, eternos mesmo se não forem cultuados por seguidores, porque estes representam o essencial.


Eu te falo que dormi ontem e esqueci meu nome, porém a minha natureza eterna me encontrou outra vez e me chamou sem predileção ou alarde à uma condição essencial e somente isso em mim merece vitória sobre qualquer tempo, porque é justo ao conjunto como ideia ou como conceito inclusivo que algo todo abrangente represente eternidade.


Não é possível pedir ao sol que seja menor para que seja grandioso um deus descrito e seus seguidores. No entanto o esplendor do dia é por essência vindo da grandiosidade do sol.

quarta-feira, 26 de abril de 2017



Não é sobre a noite, o tempo ou o afeto. Mas porque lá estava a coisa diante de mim. E por ser qualquer coisa que não reconheço como sendo eu a coisa existe como muitas possibilidades.

Ai de mim que me debruço em silêncio ao pôr-do-sol, porque sou dessa gente que sem ser marinheiro nasceu navegante.

- Lástima que a vida encerre, mas absurdo é se não houver um dormir e um sonhar. Tudo mais é remediável.

Hoje amanheci contando o tempo e ele nunca me sobra desde que me descobri com tempo finito. Os mais novos são lindos a medida que neles inexiste uma contabilidade do tempo finito - é um tipo de ignorância cronológica sobre a finitude que faz brilhar o rosto das crianças.

Eu pondero, mas o sonho como realidade só me acena para além de um abismo.

Esta noite se inverteu. Ou como explico toda essa escuridão dormindo no meu abraço?

E sobre aquilo que me disseram ou pelo sorriso de alguém que me coloco de pé, só por mim teria ficado deitado.

Enfim, se estou vivo ou se não morro é pelo outro.

domingo, 23 de abril de 2017



Imagem:

La nebulosa Carina alrededor da la estrella Wolf-Rayet WR 22
Observatorio de La Silla 

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O espaço é uma sensação de reticências para as minhas considerações mais fundamentais sobre a existência. Eu enxergo imagens espaciais sempre sobrepostas à minha sensação de ingenuidade. E a medida que me sinto pequeno diante do universo espacial surge em mim uma esperança infantil. Lá o discurso ainda não fez dobra na própria capacidade de discursar e existe folha intacta de imaginação inimaginável.

domingo, 16 de abril de 2017


Se você olhar mais além do que as relações humanas verá que existe um mundo maior, mais surpreendente e que ultrapassa notícias e você está nele mesmo sem conhecê-lo.

             Imagem: Boundless Existence


quarta-feira, 12 de abril de 2017


Talvez seja só sobre você e o rio, e enquanto o passar prevalecer considere.

À meia sombra alguma luz me faz tão esclarecido que até acho que me entendo.

Reticências nunca é sobre nós ou o cenário, o que a gente aguarda e para o que faz pausa está em outro.

A vida é um sentido coletivo: mais alguém além dos já que estavam chegou, e a morte é sobre o inverso.

Se quer - se  vivo, até nos sonhos seja.

segunda-feira, 10 de abril de 2017




Na gaveta guardo a roupa. Me visto ou eu sou na gaveta uma parte de sonho?

- Te tenho em cada coisa em três partes, diz o tempo: passado, presente e futuro.

Durmo, vago e acordo antes que a noite me tome por inteiro com sombra ou que o dia me inebrie de luz.

Porque você está bem longe da minha mania de acertar eu te erro, enquanto nem meus olhos sabem te evitar.

Coisa qualquer em frente à luz.

Até no cheiro minha imaginação mergulha inventando estórias.



           Imagem: Zona Diversa MX

sexta-feira, 7 de abril de 2017


- Terra... teus filhos estão voltando!

Não te exploram porque te colhem. E como mais alta tecnologia têm olhos que te enxergam acontecendo em cada coisa, não te excluem a medida que se sentem entendendo mais, por isso te compreendem e é quando toda a Terra cabe no peito.

No peito de teus filhos há verdade como um agora apesar das versões e foram feitos tão sinceros quanto um sorriso antes que qualquer discurso os corrompa.

Não há um imaginário malabarista que se satisfaz no virtuosismo de qualquer verdade imaginada. Teus filhos têm olhos e amam.

segunda-feira, 3 de abril de 2017


É como pousa a água que enquanto não for poça termina em cada gota, ser só continua a medida que outro o mantém.

Eu preciso de você nos três tempos, porque eu tenho acabado sempre aqui e você é um lá que me continua apesar do lugar ou época, e apesar de mim.

O infinito ou é indescritível ou uma descrição mantida... mas nós amanhecemos entre essas duas possibilidades porque nós somos ambas.

Certa vez acordei primeiro vazio e tirado, também aquele indescritível é um infinito.

Em cada côncavo de uma das mãos levo um infinito: o primeiro é sem descrição e o segundo enquanto houver um você que me descreve.

Eu não tenho piedade quando desvio de formigas, basta consideração e estar se confundi com existir para mim, por isso eu cumprimento tudo. A cada tempo uma saudação ao que me faz companhia.